terça-feira, 22 de julho de 2008

2ª Coluna

Vou postar agora minha segunda coluna. Ela foi postada no Jornal de Notícias/MG no mês de Fevereiro. É a continuação da primeira coluna, uma retrospectiva cultural de 2007, agora na música. Espero que gostem... Beijos!!!!!!!!!!


Sem dúvida nenhuma o maior acontecimento da música brasileiro foi a separação da dupla Sandy e Júnior. E antes que se perguntem... SIM, eu sou fã dos dois. Acompanho o trabalho da dupla desde que apareceram em 1989, distantes do pop que eles viriam desenvolver. Eles cresceram junto comigo, pude acompanhar seu crescimento musical nos anos 90, até se tornarem no inicio do século XXI a dupla de maior sucesso da música pop brasileira. Mas, uma coisa tenho que concordar, o fim da dupla Sandy e Júnior vai ser melhor pra todo mundo. Dentro deles existem artistas loucos para se expressarem de uma forma nova e mais original. Técnica e carisma para isso eles têm de sobra.
Outro fim anunciado esse ano foi o da banda “Los Hermanos”. Ou pelo menos uma pausa sem data para acabar. Essa “pausa” atendeu a necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho ininterrupto em conjunto. Uma pena, porque na minha opinião, ao lado do “O Rappa”, era a melhor banda de rock brasileira na atualidade. Mas não foi de separações que se falou no cenário musical brasileiro. O “Nação Zumbi” lançou seu novo álbum mostrando que é uma banda que não pára de evoluir, trazendo algumas das canções mais poderosas de toda a carreira. No time das cantoras brasileiras tivemos o crescimento da Vanessa da Mata; a consolidação do projeto “Universo Particular” de Marisa Monte e o mega show de Ivete Sangalo no Maracanã que atraiu uma multidão de fãs, confirmando mais uma vez o fenômeno que é essa baiana. Já, no time dos cantores, nenhuma grande novidade. Só nos resta mesmo o grande Zeca Pagodinho...e por favor desconsideremos o Daniel!
Já me esquecendo! Não dá para falar nos “Los Hermanos” sem lembrar de Rodrigo Amarante (ex-componente) e a “Orquestra Imperial”. Formada por notáveis da cena carioca, como o produtor Kassin, a cantora e atriz Thalma de Freitas, Moreno Veloso (filho de Caetano), o baterista de Chico Buarque, Wilson das Neves e o próprio Rodrigo entre outros 15 integrantes, a Orquestra Imperial lançou seu primeiro e esperado CD em 2007. O que começou quase como uma brincadeira entre amigos com a intenção despretensiosa de animar gafieiras acabou se tornando um projeto com personalidade própria. No cenário internacional o acontecimento que chamou mais a atenção foi o novo álbum da banda inglesa “Radiohead”, “In rainbows”. Mais pela estratégia de venda do que pela qualidade sonora do álbum, que é sensacional. O álbum ficou disponível aos fãs que o compraram no site da banda inglesa antes de aparecer nos programas de troca de MP3 da Web (onde, aliás, ele já está). Também tivemos o surgimento da nova musa da música pop internacional: Rihana. Sua música “Umbrella” esteve entre as mais tocadas do ano. Outra novidade, bem mais experimental, foi o cantor Mika e seu CD de estréia “Life in cartoon motion”. É o segundo artista a chegar ao lugar número 1 do Top 40 Britânico de vendas, apenas através de download. O cantor, libanês criado em Londres, teve a coragem de criar um disco que vem exatamente no caminho contrário do que é ditado pela industria fonográfica. A Argentina também teve sua parcela de contribuição com a boa música esse ano: “Gotan Project”. Produto inovador e de qualidade que vem reinventando o tango.
Mas nem tudo foi elegância entre as personalidades da música em 2007. No Brasil tivemos o estranho comportamento do rei Roberto Carlos, ao conseguir na justiça uma liminar para que retirasse das prateleiras, uma biografia lançada sobre ele. E lá fora, só para começar podemos lembrar os vexames causados por Amy Winehouse. A cantora inglesa, que deu uma nova roupagem ao soul dos anos 60, explodiu em 2007 com seu segundo disco, "Back to Black", mas viu os elogios darem espaço a notícias sobre o consumo excessivo de drogas, os "bolos" em shows agendados e as brigas com o marido Blake Fielder. E o que falar sobre Britney Spears? Logo no início do ano a ex-namoradinha da América já tinha se internado em um centro de desintoxicação. Poucos dias depois apareceu com a cabeça completamente raspada. Ainda ocorreram brigas com paparazzi, problemas com o ex-marido Kevin Federline por conta da custódia dos filhos e a performance de retorno na premiação da MTV, em que apareceu completamente fora de forma.
Agora, o melhor mesmo de 2007, foi ver nosso país ser invadidos por shows internacionais de alta qualidade, seja de grandes ou de pequenas bandas, comuns ou não na mídia. Tivemos: “Coldplay”, “Rolling Stones”, “Bjork”, “The Police”, “Artic Monkeys”, só pra citar alguns. E ainda projetos musicais nacionais financiados pelas industrias privada ou estatais que servem como disseminadoras de musica de boa qualidade a preços mais acessíveis. Ainda estão mais restritos aos grandes centros, mas que em 2008 venha em dobro e cheguem até lugares mais distantes e carentes de boa música. Afinal de contas, ouvido não vive só de forró e de axé!
NOTA 0 – Pro “NXZero” e ponto!

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