quarta-feira, 16 de julho de 2008

1ª Coluna

Agora vou postar a primeira coluna "Pop & Art", que escrevo para o Jornal de Notícias de Montes Claros/MG. Foi escrita em fevereiro e foi o início de uma retrospectiva que fiz a pedido da redação, sobre os principais acontecimentos culturais de 2007. Uma espécie de Retrospectiva 2007 by Rafa. rs... Cultural é claro...porque é a única área que posso falar discutir com um certo nível de segurança. rs...

A primeira foi voltada para ao cinema.



Mais um ano se vai e somos atropelados por diversas retrospectivas sobre o que de mais significativo aconteceu no ramo da política, da economia, do esporte e do social. E vocês não sentem falta de uma área tão importante e tão prazerosa da nossa vida, que quase nunca tem a atenção devida nessas retrospectivas? Não? Estou me referindo a cultura e é sobre esse universo tão próximo do nosso cotidiano, mas tão despercebido que iremos falar nessa coluna. E pra começar vamos nos lembrar, ou até mesmo conhecer, os principais fatos da vida cultural de 2007.
O cinema nacional em 2007 teve um ilustre filho: “Tropa de Elite”. O filme que levou às salas de cinema de todo o país mais de 2,4 milhões de espectadores, ainda ajudou a fixar o nome do ator Wagner Moura como um dos atores mais respeitados no país. O fato do filme ter ido parar na pirataria antes mesmo de sua estréia ajudou e muito na divulgação do filme. O cinema nacional deve ao longa-metragem de José Padilha grande parte de seu crescimento em 2007. O público dos filmes brasileiros aumentou de 10,9% em 2006, para 11,3% do total de espectadores das salas. Durante o ano, 82 longas-metragens nacionais chegaram aos cinemas. Entre as produções de ficção, além de “Tropa”, “A grande família – o filme” e “Primo Basílio” foram os mais assistidos. Na categoria documentário, “Cartola” liderou a bilheteria. Outro documentário que merece ser assistido é “Jogo de Cena” do diretor Eduardo Coutinho, o mesmo do cultuado “Edifício Master”.
O ano de 2007 foi o ano das continuações das sagas hollywoodianas. Tivemos “Homem Aranha 3”, “Piratas do Caribe 3 – no fim do mundo”, “Shrek Terceiro”, “Harry Potter 5 – A Ordem da Fênix” e “O Ultimato Bourne” encerrando assim a história de um dos maiores heróis do gênero de ação. Foi o ano também de filmes como “Zodíaco”, que trouxe o diretor David Fincher em ótima forma e um Robert Downey Jr. perfeito; mais uma animação impagável da Pixar: “Rataouille”; “Simpsons – O filme” fez jus à espera; “300”, que não só mostrou nosso Rodrigo Santoro em ótima forma, mas também nos presenteou com as melhores cenas de luta do ano; foi revelada Marion Cotillard, que teve uma belíssima performance em “Piaff”, um filme bonito, mas bastante clichê. No universo mais underground tivemos a cinebiografia de Bob Dylan “I’m not there”, uma biografia sobre um dos artistas mais cultuados de todos os tempos - em que as possíveis histórias que o envolvem são interpretadas por atores diferentes. E o que nasceria de um casamento entre Robert Rodriguez e Quentin Tarantino? Nasceu “Grindhouse”, que pode ter sido um dos maiores fracassos de bilheteria de 2007, mas fez um dos maiores filmes cult-trash de todos os tempos. No cinema brasileiro não foi só “Tropa” que fez bonito, teve “Saneamento Básico” do gaúcho Jorge Furtado; “Baixio das Bestas” do pernambucano Cláudio Assis e “Cheiro de Ralo” com Selton Mello. Para encerrar o ano, ainda tivemos filmes que nos deram uma prévia do que vai ser o Oscar: “Desejo e Reparação”, com Keira Knightley; “Sangue Negro”, com Daniel Dey-Lewis; “Onde os fracos não tem vez” dos irmãos Cohen e “Conduta de Risco” com George Clooney.
Mas também, nem tudo foi flores para cinema americano. A greve dos roteiristas anda tirando o sono de muitos poderosos de estúdios hollywoodianos e redes de TV. O sindicato de roteiristas dos EUA, entrou de greve alegando que seus contratos com os estúdios não foram renovados de acordo com as exigências feitas por seus membros. Com a greve, diversos seriados e filmes tiveram suas filmagens prejudicadas. Como os sindicatos de diretores e atores também estão insatisfeitos com as porcentagens dos lucros que lhes são destinadas, é possível que eles também entrem em greve.
NOTA 0 – Para o filme “Transformers”. Causou muito barulho pra nada. A mão pesada de Michael Bay mais uma vez pôs tudo a perder.


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